O “Mel do Parque”, é um mel de zona de Montanha, multifloral, produzido na área dos Concelhos de Bragança e Vinhais, onde se encontram predominantemente manchas de carvalho-negral (Quercus pyrenaica) e castanheiro (Castanea sativa), para além da existência de muitas lamas com freixo-de-folha-estreita (Fraxinus angustifolia) e, junto às linhas de água, salgueiros (Salix atrocinera e S. salviifolia) e amieiros (Alnus glutinosa) e também múltiplas plantas silvestres de importância apícola.

Nas áreas de matos, a vegetação é representada pelas urzes (Erica australis e E. umbellata), carquejas (Pterospartum tridentatum), arçã (Lavandula pedunculata ssp. pedunculata), sal puro (Thymus mastichina - um tomilho), giestas (Genista florida) e esteva (Cistus ladanifer).

A zona de produção tem a altitude máxima de cerca de 1475m na Serra de Montesinho e de cerca de 500m nos vales dos rios e riachos que recortam as outras serras - Coroa e Nogueira -, nomeadamente os rios Tuela, Rabaçal, Baceiro e Sabor.

A geologia é dominada pelo complexo xisto-grauváquico, com existência de manchas de quartezitos, formações graníticas, calcárias e ultra-básicas. O tipo de terreno, magro e declivoso, árido e não irrigado, xistoso e argiluviado poroso insaturado, integrado num clima desfavorável, não permite alterar o tipo de vegetação, pelo que o Mel produzido será sempre semelhante ao que se sempre se produziu.

Sob o ponto de vista climático, é uma região de transição de Influência Atlântica para o Continental que se caracteriza por uma volumetria pluviométrica de 800 a 1 200 mm ano, com uma humidade entre 70% e 80% e temperaturas muito baixas no Inverno, podendo ir a -10o c°, e de 3 a 5°c na Primavera e altas no Verão, +/- 30°C, que de acordo com o ditado popular é uma terra com " 9 meses de Inverno e 3 de Inferno".